domingo, 26 de abril de 2015

ACLAM DÁ POSSE A NOVOS ACADÊMICOS

A Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé – ACLAM -, no dia 25/04/2015, deu posse a três novos acadêmicos: Aurea Barcelos – Cadeira Nº 38 – Patrono: Bernardo Soares de Proença; Eric Fanuel – Cadeira Nº 34 – Patrono: Carlos Eloy Franco; Thiago S. Souza – Patrono: Humberto de Campos Veras.
Participaram da composição da Mesa Diretora, a Presidente da ACLAM, Professora Benedita Azevedo, a Presidente da Fundação Cultural de Magé, Professora. Alcília Brandão, os Acadêmicos, Gilvaldo Guerra, André Alves e os Neoacadêmicos, Eric Fanuel e Áurea Barcelos.
Atuou como Mestre de Cerimônia, o Neoacadêmico, Thiago S. Souza que procedeu à composição da Mesa Diretora e passou a palavra à Presidente, Benedita Silva de Azevedo que deu as boas vindas a todos e convidou os presentes a cantarem o Hino Nacional Brasileiro. Dando prosseguimento, empossou os Neoacadêmicos.
A cerimônia contou ainda com a participação dos parentes, amigos e amantes das artes de Magé, apresentação cultural do sambista Eric Fanuel e uma homenagem a Baixada Fluminense lida pelo professor Thiago Souza. A Diretoria ***

"Baixada Fluminense”
Como falar de uma região tão rica e tão marginalizada, afinal falar do que se ama é sempre difícil. A Baixada Fluminense, não é apenas um lugar ou uma simples região e sim um aglomerados de grupos sociais que resistem ao tempo e com força e suor constroem o Estado mais famoso da República. O dia da Baixada não é só homenagem a uma região, mas, À Nação Brasileira, que, desde o início da colonização tem se mostrado forte e disposta a construir a cada dia, a cada manhã um país melhor. Muitos são os atores sociais deste lugar, uma região rica em culturas, etnias e grupos sociais, mas com uma característica, ainda mais marcante, a de um povo trabalhador.
Vale a pena destacar que esta também é uma região rica em patrimônio cultural e, em especial, aqui em nossa cidade, afinal esta data - 30 de abril - refere-se a inauguração da Estação de Guia de Pacobaíba, marco fundamental para o desenvolvimento desta nação.
Um homem chamado Irineu Evangelista de Souza viu, nessa região, o potencial para implementar a Primeira Estrada de Ferro do Brasil e como afirmava “Os desafios fizeram-se para serem vencidos” e este tem sido o lema diário de uma população que desperta para construir mais um capítulo da história do Estado do Rio de Janeiro, vencendo a violência, a fome, a miséria com alegria, trabalho duro, e com suas manifestações culturais tão ricas e singulares. Salve a Baixada Fluminense!" - Thiago Souza - Vice Presidente da ACLAM
 

 

Eric Fanuel, Aurea Barcelos (Diretora de Ciências da ACLAM), André Alves, Alcilia Brandão (Presidente da Fundação Cultural), Benedita Azevedo (Presidente da ACLAM), Thiago Souza (1º Vice-presidente da ACLAM) e Gilvaldo Guerra (Tesoureiro).

domingo, 19 de abril de 2015

CONVITE...

A Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé
tem a honra de convidar  para a posse dos novos acadêmicos
 
Auréa Barcelos
Eric Fanuel
Thiago Souza
  
Para melhor visualizar, por favor, clique no convite.

 

A LENDA DE MAGÉ

Por Gilvaldo Dias Guerra.
 
A LENDA DO RIO MAGÉ
 
Temos a Mirindiba, a índia que virou uma árvore e agora vou falar de uma índia que foi transformada em um rio. Não um rio comum, mas um rio importante que leva o nome da nossa cidade – Magé!
Hoje como estou aposentado. Trabalhei 37 anos, sendo 35 no Rio de Janeiro, praticamente não vivia no dia a dia da nossa cidade.
A nossa Magé é chamada até hoje de cidade dormitório. Como? Somos a 11ª cidade mais populosa do estado e muitos só vêm para casa para dormir.
 
Vamos à História...
 
A História do Brasil não enxerga Magé. Hoje eu vejo o Brasil, através do meu berço, compreendo a grandeza desse Município que foi esquecido pelas autoridades, Estaduais e Federais.
 
Um colega acadêmico chamado Deneir, um magnífico Artista da Academia de Ciências e Letras e Artes de Magé – ACLAM, comandada pela professora Benedita Azevedo, me emprestou um Livro. Desse livro fui investigando a história do rio chamado MAGEPE. Também lendo o Livro Raízes de Magé e Guapimirim, encontrei “A LENDA DO RIO MAGÉ”. Juntei esses dois livros e comecei a minha investigação sobre esse importante rio.
 
A História da cidade diz que, Simão da Mota, foi agraciado com uma sesmaria por Estácio de Sá, em 1565, com seiscentas braças de terra ao longo da água e 1.000 braças pela terra a dentro, no rio Magepe, como reconhecimento pelos relevantes serviços prestados na defesa do Rio de Janeiro contra os Franceses, chegou às praias de Piedade, acompanhado de pequeno séquito composto de parentes, alguns amigos e vários escravos africanos.
 
Vocês notaram, que aparece o nome rio Magepe na história.
 
Descobri onde é o final do rio Magepe. O nome Magepe foi trocado para Magé em 1789, por ordem do Vice-Rei Luiz de Vasconcelos na ocasião da elevação da cidade para Vila.
E onde nasce esse rio? Esse rio desemboca em Piedade e fui seguindo o rio Magé e de repente, ele sumiu. Sumiu? Como assim? Fiquei curioso!
 
Como um rio pode sumir assim? Claro não o rio, mas o nome. O rio importante do município sumiu? Onde? O rio que leva o nome do nosso Torrão sumiu!
Um dia, indo para Santo Aleixo pela Rodovia Rio x Teresópolis (Santo Dumont), antes de chegar ao viaduto de Santo Aleixo, passei por uma ponte, e ao passar veio na minha mente! Acho que li Rio Magé! Como?
Fui para Santo Aleixo e ao voltar, passei bem devagar pela entrada e li uma placa que a CRT colocou: RIO MAGÉ! Fiquei espantado! O Rio que tinha sumido em Piedade, apareceu na rodovia Santo Dumont. Então pensei: “Esse Rio é o que vem de Santo Aleixo?”
 
Pegando o Inventário dos Bens Culturais do Município de Magé, emprestado pelo Acadêmico da ACLAM, DENEIR, achei vários mapas de séculos passados, que constavam o RIO MAGEPE, indicando a sua nascente na minha querida terra Santo Aleixo!
Obs.: Nascei uns 50 metros desse rio e até agora não sabia o seu nome.
 
Agora eu tenho o início do Rio Magé e o final. E o corpo, onde está? Continuei a minha investigação. Fui ao Google Mapas e segui o Rio Magé.
Seguindo vi que passa na BR 493. Chegando à Magé, li RIO RONCADOR. Como? Será o nome roncador, porque o povo de Magé dorme no ônibus para trabalhar no Rio de Janeiro?
Será que é roncador, porque Magé é uma cidade dormitório? Não entendi? Tem município que tem rios com nomes da cidade. Rio Meriti, Rio Iguaçu, etc. Porque mudaram o nome de Rio Magé, para Roncador?
 
Perguntando algumas pessoas de Magé para confirmar a investigação, algumas falavam: “Ele é perto da Casa de Saúde”. Eu Respondia: “Lá é o Magé Mirim”. Outros falavam: “O Rio Roncador é o Rio Magé!”.
 
Quem trocou o nome de rio Magé? Quando foi? Porque fizeram isso?
Para mim, o rio Magé é o mais importante, pois abastece tanto o 2º Distrito Santo Aleixo, como o 1º distrito da cidade de Magé. Qual o motivo da troca do nome para Roncador? Descobri essa Lenda no Livro Raízes de Magé e Guapimirim de Roberto Féo.
Como já falei, fui criado, a uns metros do Rio Magé, na Vila Operária em Santo Aleixo e só aprendi o nome desse rio, 60 anos depois.
 
Continuando a investigação pesquisei o Jornal o Paiz de 1885, veja:
 
“O PAIZ – SABADO , 29 DE AGOSTO DE 1885 - ASSEMBLÉIA PROVINCIAL
Informação sobre o projeto que consigna 5.000$ para a construção de uma ponte sobre o Rio Magé em frente à fábrica de tecidos de Santo Aleixo - As Comissões de Obras e Fazenda Provincial.”
Magé! Cada dia me surpreende mais!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 


 


 Bandeira de Magé
 
 

 
 
 
 
 
Hino de Magé
 
Letra: Laércio Lindes Agra, Heraldo de Miranda Telles e Renato Peixoto dos Santos
Música: Heraldo de Miranda Telles e Renato Peixoto dos Santos
Mageenses, escutai
A voz que sai do coração.
Ao nosso canto atentai,
e eleva o nosso torrão.
Nossa terra é querida
tens heróis e tradições
É ela que dá guarita,
amor e glória aos corações
Magé linda Magé,
Terra de tradição.
Magé linda Magé,
Terra do coração.
A serra se eleva e mostra o Dedo de Deus
O mar reflete o lindo céu de anil
Seus filhos abençoados pelo Senhor
Desde os mais lindos cantos de amor
À Magé e ao Brasil!

 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ALUÍSIO AZEVEDO divide com NEY DE LIMA a patronímia da ACLAM.


ALUÍSIO AZEVEDO
e
NEY DE LIMA
 
 
 

DIVIDEM A PATRONÍMICA DA ACLAM
 
 

ALUÍSIO TANCREDO BELO GONÇALVES DE AZEVEDO. Nasceu em São Luís do Maranhão a 14 de abril de 1857. irmão de Artur Azevedo. Ambos filhos de Davi Gonçalves de Azevedo, cônsul português; Fez os estudos primários em sua terra natal. Iniciou o Secundário no Liceu Maranhense. Ao mesmo tempo trabalhava no comércio e pintava.


Veio para o Rio de Janeiro pela primeira vez ainda jovem, a fim de estudar pintura, tendo se distinguido como caricaturista em vários jornais.
Com a morte do pai voltou ao Maranhão, para dedicar-se à imprensa e publicou duas obras: Uma Lágrima de Mulher (1880) e O Mulato (1881), romance que inaugurou oficialmente o Naturalismo brasileiro.


O Mulato foi muito bem recebido pela crítica e pelo público, por tratar do preconceito racial, em plena Campanha Abolicionista e por sua postura narrativa naturalista nova, quase inédita no Brasil. Teve boa aceitação no Sul, Mas foi violentamente combatido no nordeste. Choca a sociedade maranhense, que quase o expulsa da cidade. Vejamos uma crítica publicada em São Luís, transcrita por Aluísio na segunda edição do romance:
“(.......) A Civilização no seu número de 23 de julho de 1881 publicou um longo artigo de um dos seus redatores mais ilustres, o Sr. Euclides Farias, no qual, entre muitas coisas, há o seguinte: Eis aí um romance realista, o primeiro pepino que brota no Brasil. É muita audácia, ou muita ignorância, ou ambas as coisas ao mesmo tempo!... melhor seria fechar os livros, ir plantar batatas... Vá para a foice e o machado! Ele que tanto ama a natureza, que não crê na metafísica, nem respeita a religião, que só tem entusiasmo pela saúde do corpo e pelo real sensível e material, devia abandonar essa vidinha de vadio escrevinhador e ir cultivar as nossas ubérrimas terras. À lavoura meu estúpido! À lavoura! Precisamos de braços e não de prosas em romances!”

Mesmo sendo conservador, o autor do artigo, não se pode negar sua capacidade de crítica. Ele capta, logo no romance de estreia da nova tendência, sua principais características: o amor pela natureza, a negação da metafísica, o desrespeito pela religião, o entusiasmo pela saúde do corpo, o real-sensível e o materialismo. Uma pena o crítico ser tão reacionário, a ponto de afirmar, entre outras coisas, que o país precisava de braços e não de cultura.

Meus caros colegas acadêmicos, ainda hoje, encontramos muitos e muitos Euclides, aquele, pelo menos tinha a capacidade de julgar e detectar as características de uma nova tendência que surgia. Mas há aqueles que julgam nosso trabalho, fazem críticas, sem pelo menos serem capazes de escrever um só parágrafo com coerência e criatividade. E nós acadêmicos de Magé, que escrevemos as nossas poesias, os nossos contos, as nossas crônicas, os nossos romances porque o ato de escrever é mais forte que nós. É espontâneo como os atos de dormir, acordar, comer, beber e principalmente de sonhar. O nosso companheiro Aluísio tentou viver profissionalmente da literatura, não conseguiu, e naquela época a leitura era a principal fonte de entretenimento da maioria das pessoas. O que poderemos dizer da nossa época recheada de opções de lazer. Só se arriscam nessa seara aqueles que trazem no sangue essa tendência, que nos faz acordar no meio da noite e não nos deixa retornar ao sono enquanto não lançarmos no papel a ideia que nos atormenta.


Em 1890 publica O Cortiço, uma obra em que os heróis individuais são substituídos pela coletividade, mostrando as condições de vida dos diferentes estratos sociais da pirâmide capitalista, na cidade do Rio de Janeiro, em crescimento.


Por tentar profissionalizar-se como autor, Aluísio produziu propositadamente obra diversificada: de um lado os romances românticos, que o próprio autor chamava de “comerciais”, de outro, os romances naturalistas, chamados de “artísticos”. Ao segundo grupo, entre outros, pertencem os três maiores de Aluísio: O Mulato, O cortiço e Casa de pensão. É importante observar que essa divisão não constitui fases como no caso de Machado de Assis; Aluísio produzia os romances românticos e naturalistas alternadamente. Como podemos observar, para que vendesse seus livros ele tinha de escrever os românticos que vendiam mais que os naturalistas. Mas é como naturalista que deve ser estudado. Seguindo as lições de Émile Zola e Eça de Queirós, o autor escreve romances de tese, com clara conotação social.


Percebe-se nitidamente a preocupação com as classes marginalizadas da sociedade, a crítica ao conservadorismo e ao clero e a defesa do ideal republicano.
Observa-se, claramente, a sua postura tipicamente naturalista ao valorizar os instintos naturais, comparando constantemente seus Personagens a animais ou, atribuindo comportamentos humanos aos animais. Veja alguns exemplos encontrados em O cortiço: uma mulher tem “ancas de vaca do campo”; um homem morre “estrompado como uma besta”; outro tem “verdadeira satisfação de animal no cio”; em outras passagens ele compara animais aos humanos: os papagaios “à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente”.
Ao comparar seus Personagens a animais, os naturalistas enfatizam a animalidade do homem; diferentes dos românticos que invocavam aos animais para realçar a beleza das Personagens como acontece em José de Alencar escrevendo que Iracema tinha “os cabelos mais negros que a asa da graúna...” e era “mais rápida que a ema selvagem”.
Ao retornar ao Maranhão, por ocasião da morte do pai, influenciado pelo materialismo positivista, escreve alguns artigos de caráter político, atacando os conservadores, a tradicional sociedade maranhense e o clero. Choca a sociedade maranhense ao publicar O Mulato e volta para o Rio de Janeiro, entra na roda boêmia de Coelho Neto, Olavo Bilac, Paulo Nei, Guimarães Passos, e outros. Escreve para vários periódicos o que o leva a trabalhar incessantemente, vivendo a partir de então da venda dos seus escritos, o que levou o crítico Valentim Magalhães a afirmar:
“Aluísio Azevedo é, no Brasil, talvez, o único escritor que ganha o pão exclusivamente à custa de sua pena, mas note-se que apenas ganha o pão: as letras no Brasil ainda não dão para a manteiga”.
O próprio Aluísio comenta desanimado: “Escrever para quê? Para quem? Não temos público. Uma edição de dois mil exemplares leva-se anos a esgotar-se... livros entre nós só os de cheques”. Não suportando essa situação por muito tempo, em 1895 o romancista presta concurso para o cargo de cônsul. Aprovado, troca a literatura pela diplomacia, tendo exercido cargos diplomáticos na Espanha, no Japão, na Inglaterra e na Argentina. Morre em Buenos Aires em a 21 de janeiro de 1913.
As obras de Aluísio Azevedo se dividem em dois grupos: românticas e naturalistas. São naturalistas: O mulato, Casa de pensão, O homem, O Coruja, O Cortiço e O livro de uma sogra. Os outros são românticos. O mais incrível é que as duas posições estéticas não sejam sucessivas, mas simultâneas. Uma lágrima de mulher (1880) é romance romântico; O mulato (1881) é naturalista; A condessa Vésper (1882) é romântico; Casa de Pensão (1884) é naturalista; Filomena Borges (1884) é romântico; O cortiço (1890) é naturalista e O esqueleto (1890) é romântico. E assim num vaivém romântico-naturalista, demonstrou a sua habilidade no trato com as letras em sua breve carreira literária (1880-1895). Deve-se isso, em parte, à pressa com que o romancista necessitava alimentar os jornais para os quais escrevia em folhetins, e em parte no desejo de agradar a um público habituado ao sentimentalismo e extravagâncias românticas da moda. No fundo, coação econômica alimentando o sonho utópico de viver exclusivamente da literatura, teve naturalmente de fazer concessões. Além disso, parece que não conseguiu desvencilhar-se totalmente do fantasma romântico.


O melhor de sua obra está na tríade: O mulato é a história da luta de um mestiço intelectualizado (Raimundo) contra o ambiente provinciano, hostil e conservador.
Casa de pensão narra a tragédia de um jovem estudante que sucumbe ao meio depravado, propício à irrupção de suas taras hereditárias.

O cortiço é o relato da habitação coletiva, viveiro de misérias e vícios, atoleiro moral a tragar quantos dele se aproximasse.

É assim, como romancista social, que melhor se afirmou o talento de Aluísio. É o escritor apaixonado, o artista combativo, pondo a nu os problemas sociais e morais da sociedade brasileira do seu tempo. O preconceito de classe, a ganância do lucro fácil, e todas as injustiças e misérias decorrentes. Mais que o indivíduo, é a sociedade que lhe interessa. Mais que o miniaturista de almas, é o pintor de amplos murais. E é na pintura um verdadeiro impressionista: colorido, vivo, tons fortes e quentes. Mostra preferência pelos tipos vulgares e grosseiros, pelos ambientes sujos e situações deprimentes. O artista procurando acordar a consciência do leitor, da sociedade comprometida nas injustiças.


De toda a sua obra, a tríade citada é a mais válida para sobreviver, principalmente, O cortiço. Devemos acrescentar O Coruja, obra diferente das demais, pungente história de uma personalidade boníssima velada pela feiura física. Romance bem estruturado e com passagens de grande humanidade e força lírica, tem sido injustamente esquecido pela crítica. Mas é o mais sentido livro do autor.
Bibliografia consultada para o discurso
1. NICOLA. José de, Literatura Brasileira ( Das origens aos nossos dias), Ed. Scipione, S. Paulo, 15ª edição, 1999.
2. LUFT. Celso Pedro, Dicionário de Literatura Portuguesa e Brasileira, Ed. Globo, Porto Alegre, 1973.
Benedita Silva de Azevedo
Praia do Anil – Magé – RJ, 15 / 07 / 2004
 


NEY DE LIMA continua presente na vida de muitos
artistas plásticos da Baixada Fluminense.




Histórico – Quem é? Ney Freire D’Aguiar de Lima foi um renomado artista plástico. Nasceu em 22 de setembro de 1924, no bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro. Foi casado com Maria da Conceição de Lima mudou-se para Piabetá, município de Magé, no início da década de 70 e em 74 abriu um ateliê para ensino de pintura aos jovens, adultos e idosos e ali viveu até os últimos dias de sua vida. Era o dia 04 de abril de 1996, quando o seminário A Voz de Piabetá, Edição125, publicava: “Morreu Ney de Lima e Piabetá está de luto.”
Segundo Denier, Ney já era famoso no Rio e em Piabetá também ficou famoso, devido a sua dedicação, seu carinho em entronizar aqueles jovens na arte de pintar e interpretar o mundo, segundo o seu tempo. “Para mim Ney era mais que simplesmente um mestre. Era amigo, pai e sempre teve a preocupação de encaminhar seus alunos para o caminho do sucesso”, diz Deneir, com orgulho. Conforme Dona Maria Conceição, no início Ney não queria nada com a pintura, pois tinha tido uma desavença com o pessoal do Salão de Belas Artes, no Rio.
Ele só queria ser esquecido e viver uma vida pacata em Piabetá. Diante de insistências novatos que o procuravam para aprender artes plásticas, Ney aos poucos foi assumindo como membro de júri, eventos e palestras e chegou a pintar mais de dois mil quadros, pois era um apaixonado por pinturas”, recorda Dona Conceição e completa: “ Como poderia esquecer, se foram cinquenta anos de convivência, não só na família, mas profissionalmente, sempre auxiliando na organização da pintura, lavando pincéis, arrumando coisas” observou.


Discípulos – Além de Deneir, artista plástico da Baixada Fluminense, outras como Fiúza, Jorge Duarte, Janete Pereira, Márcia e Lílian Verdan dos Anjos, Oséas, Dauremart, Ciro dos Santos e tantos outros, foram discípulos de Ney de Lima. Muitos deles, inclusive já percorreram o mundo, expondo seus trabalhos em várias galerias da Europa e Estados Unidos. É o caso de Jorge Duarte, que vive em Fragoso e foi merecedor do mais alto prêmio Icatu, o que valeu uma viagem a Paris (França) com sua família pelo espaço de 6 meses. Jorge Duarte e Deneir foram os primeiro alunos de Ney de Lima, em 1974.


Prêmios – Segundo informações, Ney de Lima, expôs seus trabalhos sempre no Estado do Rio de Janeiro. Iniciou suas exposições no Salão Nacional de Belas Artes em 1949 e foi merecedor de várias instituições brasileiras, sempre se destacando como pessoa simples, sem grandes ambições.
Estilo – Visitando seu ateliê, na rua Dona Vicência de Oliveira, 150, segundo andar, em Piabetá (6º distrito) do município de Magé, podemos verificar que os estilos de seus quadros são vários. Muitos de seus quadros continuam lá, a relembrar as longas horas de meditação voltado para a realidade de uma época. Apesar de fortemente impressionista (comunicação da arte pelo subjetivismo, geralmente recebido da natureza), seus quadros também revelam traços do cubismo (comunicação da pintura com emprego de linhas retas e em forma de cubos). Há quadros de revelação da cultura popular, folclore, mística, erotismo, Rio no início do século e Piabetá com sua formação. O estilo impressionista iniciou-se desde que alguns apaixonados pela pintura, tais como Monet, Renoir, Picasso saíram com caixas de tintas para pintar nos subúrbios parisienses, às margens do Rio Sena, conforme define Mário Pedrosa. Filosoficamente, podemos dizer que é tempo de imaginação, sentimento, anseio, experiência e busca, como uma espécie de volta à natureza, em confronto com o mundo mecanicista do iluminismo.


Segundo Dona Maria da Conceição de Lima, seu marido era um autodidata e sua vida, apesar de só possuir estudos secundários, era rodeada de artistas, como Carlos Drumond de Andrede, por exemplo. O local preferido dos artistas era a rua São José, centro do Rio, disse, apontando para o quadro na parede.
Muitos dos quadros do artista Ney de Lima encontram-se à venda e, segundo Deneir Martins, é o artista empírico mais popular da Baixada Fluminense. Os ex-alunos do mestre Ney de Lima estão pensando em homenageá-lo, reunindo num só evento quadros, frases e todas as informações possíveis, relembrando aquele que hoje lhe são gratos.
 
FONTE: Jornal Popular - ANO IV – Número 86 – Baixada Fluminense, 10/09 a 16/09/98
AUTO RETRATO DE NEY DE LIMA

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

REUNIÃO DA ACLAM

Na forma das disposições estatutárias a Presidente convoca os acadêmicos para reunião a realizar-se no dia 25 de outubro e faz publicar neste blog o convite.

(Por favor, para melhor visualizar dê um clique no convite)


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

HOMENAGEM...

 

A Profª. Benedita Silva de Azevedo nasceu em Itapecuru Mirim – Maranhão.
  Fixou residência em Magé - onde por anos lecionou e se aposentou. Presidente e Fundadora

 da Academia de Ciências, Letras, Artes de Magé - ACLAM. Idealizou o "Grêmio de Haicai Sabiá" localizado em Magé e o "Grêmio de Haicai Águas de Março" na cidade do Rio de Janeiro.
 Eis o perfilar do trajeto da Profª.  Benedita Azevedo dedicado às Letras, Educação e Cultura.
 
 

 








quarta-feira, 15 de outubro de 2014

DENEIR - O MÁGICO DE MAGÉ




Deneir de Souza Martins - Acad. da ACLAM onde ocupa a Cadeira nº2 - Nasceu em Campos de Goytacazes - RJ e vive na cidade de Magé desde os 20 dias de vida. Portanto, é mageense há mais de 60 anos.
 
Algumas pessoas o chamam de "Artista Vira Lata" pois o material que utiliza vem daquilo que jogamos fora. Carinhosamente, o autor deste vídeo o hoje - Acad. Gilvaldo Guerra naquela época emocionado em conhecer a obra do Deneir denominou-o como “O Mágico de Magé” o "Orgulho de Magé".
 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

RETROSPECTIVA...

O lançamento da I Antologia da ACLAM ocorreu no auditório do Colégio Estadual de Magé.
 
A Antologia resultante do trabalho de dois anos de vida da ACLAM teve como objetivo incentivar a produção literária de talentos.
 
  
 
Reportagem publicada em  
 
 
 
e
 

sábado, 11 de outubro de 2014

SOLENIDADE DE POSSE...

Aos 10 dias do mês de outubro nas dependências da Fundação Cultural de Magé sob a presidência da Acad. Benedita Azevedo reunida a ACLAM com número regular de Membros Efetivos realizou-se a Posse de Novos Acadêmicos e a outorga de Título de Membro Honorário.



No primeiro momento o Acad. Gilvaldo Guerra
apresentou um seleção de músicas
nos mais variados ritmos.






A solenidade foi aberta após a execução do Hino Nacional Brasileiro e do Hino do Município de Magé.

A Mesa Diretora estava assim constituída:
Ao centro a Presidente da ACLAM Prof.ª  Benedita Azevedo e, respectivamente, dos Acadêmicos Marilza Albuquerque de Castro (Presidente do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais - atuando como secretária) e o Acad. Elvandro Burity (Segundo Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais atuando como mestre de cerimônias)



Empossados
Membros Efetivos:
Cadeira 30 - Patrono Renato Peixoto - Acad. Gilvaldo Guerra
Cadeira 21 - Patronesse Clarisse Lispector - Acad. Celeste Lucindo
Cadeira 32 - Patronesse Tarsila do Amaral - Acad. Vanderlaine Alencar
Cadeira 33 - Patronesse Dejanira Motta e Silva - Acad. Marluce C. de Sá Mattos
Cadeira 34 - Patronesse Maria Pinheiro Barenco - Acad. Benedito José da Silva
Cadeira 35 - Patronesse Oscar Niemayer - Acad. Dr. Josevete Marques Rodrigues
Cadeira 36 - Patrono João Batista do Vale - Acad. André Luís A. dos Santos.
Cadeira 37 - Patrono Barão de Mauá -  Acad. Edileuza Alves

Membros Honorários:
Lybio Magalhães
Elvandro Burity

Num segundo momento prestada significativa homenagem pelos neoacadêmicos por vídeo compilado pelo Acad. Gilvaldo Guerra que sintetizaram os 70 anos de vida da Presidente da ACLAM Benedita Silva de Azevedo e pelos 50 anos dedicados às Letras, Educação e Cultura.

A objetiva de Marlene Fonseca (21 22320277  21 999833945), também,  registrou outros momentos daquela solenidade.

         

 

Acadêmicos prestando o juramento



 
 
 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

RELEASE DA FUNDAÇÃO E NOTÍCIAS



Fundação
Sessão Solene - 24 de Setembro de 2011.
 

Mesa Diretora

 
 


 Execução do Hino  Nacional


 
 

 
Acad. Dr. Abílio Kak (Representado a Presidente da Federação das Academias de Letras do Estado do Rio de Janeiro) dando posse a Acad. Benedita Azevedo no cargo/encargo de Presidente da Academia de Ciências,  Letras e Artes de Magé (ACLAM). 
A Presidente Benedita Azevedo assinando o Ato de Fundação da Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé (ACLAM). 
 
 
 Tribuna de Honra 
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 Sede Provisória ACLAM 
 
 
 
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A Fundação da ACLAM caiu na rede e virou manchete em: